Poesias

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vôo

Abraças a névoa.
Corres nu.
Nu como as borboletas.
Deita na areia gelada e
respira tua carne.
Abra a mente!
Vociferas, urras!
Como animal que és.
Busca-ti nos outros.
Não ironizes, nem amaldiçoes!
O tempo é curto, é sopro!
Entendas a náusea,
mas não aceite o caos.
Cria-o a tua maneira.
Escurece o mundo se tens medo.
Come tuas larvas.
Bebe de tua lágrima.
Sacia-ti.
O mundo que conheces
acaba a cada segundo.
O plano que traçastes
é hediondo.
Suicídio não é uma porta.
Não é sequer uma janela.
É somente outra maneira
de enlouquecer sozinho.
Cria a ti como o sal,
nata da água.
Como o sol que não sabemos.
a terra que pensamos firme,
mas até quando?

Marianne Lee

Nenhum comentário:

Postar um comentário