Quando o amor se esvai num desvario,
doces memórias que tentamos relembrar,
mãos que acalentavam mãos aflitas
o sonho de outra vida, outro lugar.
São folhas secas num jardim deserto;
onde uma rosa branca nasce morta
e o vento norte frio a carrega
e a joga um esgoto ou imunda grota.
São pássaros que jazem num porão profundo
por terem suas asas depenadas.
São sonhos de uma vida e outro sonho
que não foi, não chegou a ser nada.
São dores num peito doentio.
São marcas de sofrer e desilusão.
Quando o amor se esvai num desvario
restam vestígios e amarga solidão.
Marianne Lee
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