Poesias

domingo, 17 de abril de 2011

Esquinas


Choveu pela manhã à gosto, é o meu outono.
O dono de um olhar, pardo cão sem dono
como um gato na espreita. Veja!
Tão escuro esse olhar, tão belo e tão profundo;
vigiando as esquinas e inundando o mundo
de anseios, gestos e risos. Eu vejo.

Indômito coração que a noite tumultua.
Sonhos, lassidão, a sensação...
Macia e nua a pele esfomeada.
Uma vez desejei acordar nesses braços
sentir quente coração ao meu
num só compasso - A alma saciada.

Decerto sei que toda a noite insone
deixou-lhe marcas, as pálpebras até pendem.
Sedução ou ironia?
Todos os dias e noites num só dia!
Misto de Deus e homem.

E a vida é tão pequena, tão menina...
           É uma canção!

Marianne lee

                              

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