Poesias

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Mundogs

para Franz K.


Abram a boca do mundo
e me procurem lá dentro!
Não sei se me escondo,
e se estes escombros me escondem.
Eia! Este mundo é um "utopia",
em tudo falso, pensado.
Riem do louco que despreza tudo
e cria a sua volta a solidão - Abismal,
"Como um cão!"
Mas eu me safei disto.
De agora em diante,
só comerei folhas
verdes e qualquer flor.
A minha língua é inocente!
A minha dor é pura!
Há aqui um homem, uma mulher,
e uma criança em prantos.
E há também os que estão cegos.
Aqui dentro!
Quantos flagelos! Meu D´us!

 DeUs

Este mundo é uma utopia,
em tudo fútil, prensado.
Abram a boca do mundo,
e me encontrem lá dentro
lambendo os dedos sujos
de ócio e de lamentos,
porque eu os tenho, eu tento.
Eu nem queria estar aqui.
Eu nem queria ser - Aqui!
Tenho o meu mundo imaginado;
Sigo o  meu eu, imaginando eu -  Eis!

Há o Poe ma que se pergunta,
que se permite perder,
com perfeita persistência.
Poe, resoluto à imaginação!
Processo.



Marianne Lee




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