Poesias

domingo, 12 de junho de 2011

Versos vazios

                              Á  Bentinho e Capitu

Quando compus estes versos vazios
embebia-me em tédio e rancor;
sem amigos, sem canto, sem hora
de sonhar, de viver, sem calor.

Calor que de ninguém recebo,
e não remeto, pois não tenho a quem;
nem carinhos, nem frases amenas.
Estou ciente que não sou ninguém.

Ninguém só no mundo vive,
tem que alguém lhe dedicar:
poemas e beijos inebriantes.
Sempre ter alguém pra amar!

Amar, querer só alguém...
Estes versos eu compus em memória
de um ser digno a quem eu devote
todo o amor. Existe maior glória?

Existe maior glória que amar
um olhar provocante, fugidio?
Eu pensava em alguém, em você,
quando compus estes versos vazios.

Marianne Lee

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