Poesias

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Rotina

Eu não acordo mais.
Levanto aos tropeços
e não enxugo a mão
que lava o rosto
e escova os dentes.
Depois eu acordo,
a casa fria!
E correr contra o tempo
o relógio da orgia,
cotidiano.
Não conto os degraus
porque me perco, apenas desço.
Não quero mudar o mundo.
Não quero essa idéia em mim.
Eu não levanto mais.
Tudo que faço é jogar,
apostar alto, virar o jogo
e perder ou ganhar
já não importa.
Mostrar as cartas,
as mãos vazias, as marcas,
vil rotina.

Marianne Lee

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