Poesias

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Lizzy Bennet

                                 
                      Para Jane Austen (*minha Musa*)






 “Em vão tenho lutado comigo mesmo, mas nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos; preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente”. Mr. Darcy.


Há um homem postado a uma janela,
em pretas vestes como as de um vampiro.
E vigia a estrada qual zeloso cão,
e busca abrigo num assaz suspiro.

Afrodite? Penélope? Helena?
Tem tantos nomes sua doce amada.
Ele se entrega ao deleite e, ao prazer extremo,
de vê-la despontar em lépida caminhada.

É outro dia de uma noite em claro!
Cabelos negros lhe sombreiam os ombros.
Ela demora como a madrugada.
Ela é difusa como os doces sonhos.

Eis que do nada o coração pressente:
Ela está vindo! Eu sinto o seu perfume!
Então, os olhos febris do Sr. Darcy, 
abrem-se em risos feitos vaga-lumes.

Quando ela entrou foi como se o sol
entrasse por todas as janelas,
e iluminasse cada canto, cada gesto,
p'ra depois retornar aos olhos dela.

Toma-lhes as mãos e já anseia a boca.
Todo o corpo treme se a respira.
Ah! Que canção tocar se tens consigo,
suaves cordas de celeste lira?

Marianne Lee

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