Pés que se movem
e andam em vão.
Que seguem caminhos.
Que pisam no caos.
Na terra batida,
no asfalto quente.
Passam serelepes,
tantos, pela gente.
De lugar nenhum,
se ir, se voltar, se..
Perdem-se em veredas.
Abstratos somos todos, inclusive para nós mesmos. Sim, somos! Cada um nos enxerga de uma perspectiva diferente e assim pensam, e pensamos, nos decifrar. Conhecemo-nos? Quem nos conhece? Vemos, decerto, estas molduras que nos cercam, às vezes gastas ou disformes, às vezes altivas e reluzentes, mas a essência delas nos é negada. Eu penso que o essencial é o olhar, é o que nos resta, se a pintura é abstrata.
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