Poesias

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Enigma



Sou o que sobrou da noite
e que não coube ao dia;
parte do refrão da melodia.
Afoite.
O que restou do agora
e faz bem pouco tempo;
o olhar pasmo, atento.
A hora.
O cigarro apagado ao meio,
a taça a borbulhar;
o encher e o esvaziar.
O alheio.
A pedra que ficou na estrada,
a grama fria, tropeçar, cair.
O não voltar ou ter aonde ir.
O nada.
Afoite a hora e alheio ao nada,
o ser proibido que o medo calou.
O que faz ronda pela madrugada
? eu sou

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