Poesias

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rimbaud

 









O poeta, eu creio.           
                                                                                         
A voz no abismo, sussurra:
um cometa jovem, afoito
sem ventos que o cesse,
vaga pela vaga noite,
cantando em versos - o avesso.

Um comovido mortal
rico em pena, 
intrépido ser.
o amor da musa.
O " Eu é
um outro", 
o que de si,
ousou dizer

E a noite – alta noite,
ele sonha, 
ronda sonhos!
Teme sentir incapaz
de poder 
como os demais
esvaziar-se – 
É medonho!

Em delírio, ele murmura:
Ah! O aroma das canções,
que êxtase absorvê-las!
Que arrepios insones!
De que são feitas as estrelas,
quando as somos?

Marianne Lee

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